Você é o tipo de pessoa que vai gastando dinheiro até a situação se apertar? Vai para a praia quase todo final de semana, sai para comer fora compulsivamente, vai passear nos shopping com os amigo(a)s e enquanto tiver saldo no cartão de crédito, está tudo bem?
Pois bem, ao longo de minha vasta experiência no mercado financeiro, conheci muita gente que faz exatamente isso. Principalmente mulheres, sendo que muitas delas descontam qualquer frustração nas compras.
Qualquer discussão com a mãe, briga com o namorado e até mesmo uma TPM é motivo para visitar o primeiro shopping center que estiver mais próximo e comprar tudo aquilo que ela não precisa de fato.
Esse hábito, aliás esse mal hábito, pode parecer um anestésico para as frustrações. É só sair do shopping carregado de sacolas e artigos de luxo que os problemas desaparecem.
Porém, na realidade, quando compras desenfreadas são usadas como diagnóstico daquele probleminha de simples resolução, ele pode se tornar um problemão, com consequências catastróficas e difícil resolução.
Historicamente o Brasil é um mercado onde se aplica uma das maiores taxas de juros do planeta.
Se você é investidor(a) e seu dinheiro está trabalhando para você, parabéns! Existem ótimas oportunidades. Um planejamento bem feito pode te levar a prosperidade financeira apenas fazendo investimentos corretos no mercado financeiro.
Porém, se você está endividado(a), saiba que está pagando uma das maiores taxas de juros do mundo, o que pode te levar a ruína.
Assim como no universo dos investimentos, existem dívidas melhores e piores.
Os juros do cheque especial e do cartão de crédito são sem dúvida os mais elevados. Se você usa ou já usou aquela estratégia de gastar dinheiro compulsivamente e pagar só o mínimo exigido na fatura do cartão de crédito, saiba que essa é de longe a pior dívida.
Você certamente está pagando duas ou três vezes mais caro pelas mercadorias adquiridas. Isso sem contar o efeito exponencial dos juros que no longo prazo, pode tornar a dívida praticamente impagável.
Outra péssima estratégia de consumo é usar o limite do cheque especial. Isso mesmo, aquele que seu banco deixa disponível para você usar como e quando quiser. As taxas de juros praticadas nesta modalidade são assustadoramente elevadas e o efeito exponencial dos juros pode facilmente te levar a falência no longo prazo.
Claro que o ideal é não contrair dívidas, mas se elas são inevitáveis em um determinado momento, que seja escolhida a melhor opção. E o cartão de crédito ou o cheque especial definitivamente são as piores opções.
Se você está pagando juros do cartão de crédito ou utilizando o limite do cheque especial, sugiro que você entre em contato com seu gerente no banco que você tem conta e agende uma reunião com ele.
Nessa conversa, explique para ele a sua situação atual e diga que você deseja reestruturar sua dívida, saindo dos juros do cartão de crédito ou do cheque especial e aderindo a melhor modalidade de empréstimo pessoal que couber no seu perfil.
Certamente você conseguirá taxas muito mais atrativas.
Porém, não importa que modalidade seja, lembre-se que dívidas não são remédios antidepressivos e jamais devem ser utilizadas para você “torrar” dinheiro num fim de semana no shopping.
O empréstimo pessoal somente deve ser utilizado para que você possa superar uma fase na qual você esteja passando por uma complicação financeira.
Antes de contratar um empréstimo pessoal é importante que você tenha objetivos claros para a utilização dos recursos, um plano para o pagamento da dívida e um prazo para isso.
Sua estratégia para o pagamento do principal e dos juros pode ser das mais variadas, mas é essencial ter uma ou várias.
Se você está empregado(a), pode tentar negociar algumas horas extras com seu chefe. Se possui uma boa formação ou diploma, pode lecionar em períodos fora do expediente, pode fazer algum trabalho freelance, dar aulas particulares e etc… São várias alternativas.
Pense em algo que você sabe fazer bem e numa forma de monetizar sua habilidade. É importante que você saia da dívida o mais rápido possível.
Existem outras possibilidades para contratar crédito, diferentes dos tradicionais empréstimos pessoais (no caso de necessidade de dinheiro para qualquer fim) ou dos tradicionais financiamentos imobiliários ou de veículos (no caso de necessidade de dinheiro para aquisição).
Para você verificar as taxas aplicadas em qualquer momento, basta acessar o site do Banco Central do Brasil, onde as taxas aplicadas pelo mercado são sempre atualizadas.
Se você está empregado(a) ou é pensionista do INSS, definitivamente o empréstimo consignado é uma modalidade mais barata do que o empréstimo pessoal ou crédito direto ao consumidor (CDC).
O empréstimo consignado funciona da seguinte forma: as parcelas sobre o montante devido são descontadas diretamente da folha de pagamento do tomador do crédito.
Ou seja, a empresa onde você trabalha ou o INSS pagam diretamente as parcelas ao credor da dívida (seu banco ou a financeira onde você contratou o empréstimo).
Por esse motivo a inadimplência nessa modalidade de crédito é menor, logo o risco de quem emprestou o dinheiro também é menor e, consequentemente, os juros são mais baratos do que aqueles praticados no empréstimo pessoal.
Porém, caso você saia do emprego ou seja demitido(a) antes de quitar a totalidade da dívida, as parcelas restantes deverão ser antecipadas e descontadas do valor da rescisão.
Se o valor de sua rescisão não for suficiente para quitar toda a dívida, então você terá que pagar o que faltar diretamente ao banco ou financeira (por exemplo: BV Financeira) onde você contratou o crédito consignado.
Para essa modalidade de crédito o prazo máximo para quitar a dívida é de 72 meses (6 anos) e o valor das prestações mensais não podem comprometer mais do que 30% de sua renda bruta.
O refinanciamento é uma modalidade de crédito bem atrativa e segura, onde você pode colocar um bem como garantia do empréstimo, receber o valor contratado para usar como quiser e ainda continuar com esse bem em seu nome, pagando parcelas baixas sobre o valor emprestado e com juros mais baixos do que aqueles aplicados num empréstimo pessoal tradicional.
Ou seja, o refinanciamento é uma modalidade de crédito que concorre com o crédito pessoal, ou mesmo com o crédito consignado, onde você não precisa adquirir nenhum bem ou serviço e pode usar o dinheiro como quiser, mas não com o crédito para aquisição.
Pelo fato de possuir uma garantia real, é possível conseguir empréstimos de valores mais elevados e as taxas de juros cobradas pelo credor costumam ser mais baixas do que em outras modalidades de crédito.
Para ter acesso a essa modalidade de crédito é necessário que você ou um familiar próximo (se essa pessoa aceitar deixar um bem em garantia para você) tenham algum bem quitado e não alienado, seja um carro, um imóvel, um terreno, etc, que possa ser colocado como garantia do empréstimo contratado.
As características dos bens aceitos como garantia variam muito. Então você deve verificar antes se o seu bem é aceito ou elegível para esse fim.
Por isso essa modalidade de crédito é também conhecida como hipoteca ou alienação fiduciária.
Assim como nas demais modalidades de crédito, você não poderá comprometer mais que 30% de sua renda bruta mensal com as prestações.
Outras características dessa modalidade de crédito, como taxa de juros, prazo mínimo e máximo, percentual máximo financiado em relação ao valor do ativo em garantia, montante de crédito mínimo e máximo, variam muito entre as instituições que trabalham com esse produto financeiro.
Logo, a solução ideal para você deve ser pesquisada.
O objetivo do consórcio é possibilitar que um grupo de pessoas possa adquirir um bem ou serviço de uma forma mais barata do que através de um financiamento.
Os consórcios são uma modalidade de crédito que concorrem com os financiamentos para aquisição de bens ou serviços, como os financiamentos imobiliários ou de veículos. Obrigatoriamente o consorciado necessita adquirir esse bem ou serviço.
Como funcionam: os consórcios são grupos de pessoas reunidas com um objetivo em comum, normalmente a compra de um bem ou contratação de um serviço, como um carro, um imóvel, a reforma ou construção de um imóvel, uma cirurgia plástica, uma grande viagem, uma festa de formatura, etc.
Para que seja possível a formação desses grupos de pessoas, existem as administradoras de consórcios que são empresas que cobram uma taxa de administração para formar e administrar esses grupos. Porém, não é cobrada nenhuma taxa de juros.
Existem diversas administradoras de consórcios no Brasil e cada uma possui diversos grupos. Na hora de escolher uma administradora e/ou um grupo, sugiro observar algumas características como:
Na leitura deste artigo você aprendeu que:
Eu confio que você vai sair das dívidas e em seguida iniciar um plano de reestruturação financeira e investimentos, para esse começo eu indico para você o nosso artigo sobre o papel dos bancos e os agentes de investimentos.
Esse artigo foi útil para você? Quer aprender mais sobre as modalidades de empréstimo pessoal? Deixe seu comentário que responderemos com prazer!
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